O programa Ocupação, da TV Câmara, promoveu um debate nesta quinta-feira (22/10), com a presença de mais de 50 jovens e do líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani. Durante o encontro, eles discutiram sobre a questão do primeiro emprego em meio à recessão do país, com o aumento do desemprego este ano, principalmente entre aqueles que têm Ensino Médio completo.
Perguntado sobre os projetos da Câmara para incentivar o ingresso do jovem no mercado de trabalho, Picciani cita o apoio dos parlamentares ao Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para os Jovens (PNPE), criado em 2004, além de outros como o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), existente desde 2011.
“Eu apresentei vários projetos para criação de escolas técnicas no Rio de Janeiro, meu estado, principalmente no setor de petróleo e gás, que está com falta de profissionais no Brasil e, muitas vezes, é necessário contratar estrangeiros”, argumenta o líder do PMDB na Casa.
Sobre esse tema, Picciani ainda falou da necessidade de as universidades reformularem seus currículos para estarem mais voltados ao mercado de trabalho. Além disso, defendeu a remuneração nos estágios para custeio dos estudos e aprofundamento de ensino.
Aporte a startups
Em relação ao subsídio para os empregadores e, em especial, às startups e novas empresas, o deputado acredita que haja dificuldades nesse momento de crise, mas que ela seja necessária. “No entanto, enquanto você incentiva por um lado, os juros aumentam junto e isso pode travar a economia”, adverte Picciani.
Empreender para regionalizar
Uma dificuldade apontada por um dos jovens presentes foi quanto ao esvaziamento das cidades do interior e inchaço das metrópoles devido ao êxodo de pessoas buscando oportunidades de emprego. Para reverter esse quadro, Picciani acredita que a única alternativa é o empreendedorismo, por meio da Internet ou de outras iniciativas inovadoras para gerar renda nesses municípios.
Cobrança para especializações
Aprovado nesta quarta (21) pela Câmara, o projeto que permite às universidades públicas cobrar pela pós-graduação lato sensu, foi um dos assuntos abordados. Picciani acredita que o público que esse texto atinge é de quem já está inserido no mercado de trabalho e, portanto, poderia ajudar a custear o seu curso. “Isso pode reverter essa verba para melhorar os cursos de graduação, torná-los mais competitivos e, mesmo com a cobrança, sempre haveriam as exceções dentro do sistema de cotas”, afirma o parlamentar.