O primeiro dia de jogos da chave principal da etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, no Centro Olímpico de Tênis – primeira competição oficial internacional realizada no Parque Olímpico da Barra da Tijuca desde o fim dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 –, não foi o único evento desta quinta-feira (18.05) na capital fluminense que reforça que o legado dos Jogos pode ser visto em várias modalidades. No mesmo dia foi inaugurado, na área do Estádio de Remo da Lagoa, reformada para os Jogos Rio 2016, o Centro de Treinamento de Remo Olímpico e Paralímpico, a primeira instalação de formação e de alta performance da modalidade no país.
Criada com o objetivo de abranger desde a fase de captação e detecção de talentos até o suporte para atletas de alto rendimento, o CT será referência nacional para a prática do remo recreativo ou competitivo objetivando a disputa de campeonatos regionais, nacionais, internacionais e, principalmente, a preparação dos atletas para os Jogos de Tóquio 2020.
O novo espaço, que deverá iniciar a operação em dez dias, conta com sala de musculação, salas de avaliações médicas e fisioterápicas, além de dormitórios, o CT herdará equipamentos de primeira linha utilizados nos Jogos Rio 2016, o que permitirá que os atletas treinem com materiais equivalentes àqueles usados nos principais centros de remo do planeta.
O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, participou da inauguração e falou sobre a importância da nova estrutura. “É um espaço que traz as mais modernas tecnologias e instalações altamente qualificadas, que permitirão que os atletas brasileiros possam se desenvolver. O CT está à altura do que merece o remo brasileiro. Aqui e em outras estruturas a gente consegue ver o legado olímpico na prática”, afirmou.
“Nós temos embarcações que foram adquiridas por ocasião das Olimpíadas sendo usadas pelo centro de treinamento, temos equipamentos de arbitragem e de raiamento adquiridos para as Olimpíadas sendo usados, além da própria reforma do estádio de remo aqui da Lagoa, que foi feita por ocasião das Olimpíadas. Além disso, o calendário de eventos do Parque Olímpico da Barra e de Deodoro começam a se desenhar com intensidade. A partir de hoje, se iniciou a etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia no Centro Olímpico de Tênis. Na próxima semana, o Velódromo recebe o Estadual de Ciclismo do Rio de Janeiro e, no final de junho, o Campeonato Brasileiro, tanto da categoria júnior quanto da categoria elite e paraolímpico. Teremos ainda, neste fim de semana, competições de judô em Deodoro e assim por diante, com mais de 20 eventos já confirmados para o Parque Olímpico”, enumerou o ministro.
Investimentos
Em 2017, a Confederação Brasileira de Remo receberá R$ 2,7 milhões de recursos da Lei Agnelo/Piva. Entre 2011 e 2013, o Ministério do Esporte celebrou três convênios com o Clube Pinheiros e o Grêmio Náutico União, no valor total de R$ 11,6 milhões, para aquisição de equipamentos para modernizar diversas modalidades, entre elas o remo.
Essas parcerias possibilitaram a compra de 17 novos barcos da marca italiana Filippi, os mais utilizados por equipes de outros países que disputam as principais competições no mundo, além de equipamentos auxiliares específicos do remo.
Outro investimento federal que beneficia o remo é a Bolsa Atleta. Atualmente, 149 remadores recebem o benefício. As bolsas pagas anualmente somam R$ 2 milhões. Do total, 134 atletas são olímpicos, que somados recebem R$ 1,7 milhão, e 15 são paralímpicos, para os quais serão destinados em 2017 outros R$ 319,2 mil. Além disso, o remo paralímpico teve atletas com os planos esportivos aprovados para o recebimento da Bolsa Pódio em 2017.
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Fonte: Luiz Roberto Magalhães – Ministério do Esporte